– Alô? Alô? É da farmácia?
– É sim, pode falar.
– Legal! Qual remédio vocês tem aí pra mim? Eu sou meio doida, sabe? Mas também sou muito politicamente correta! Não sou bipolar, mas mudo de humor toda hora. Odeio tomate, mas gosto de catchup.
– Não entendi muito bem, senhora.
– Tá, resumindo... Eu quero um remédio que cure tudo. Que cure dor de amor, dor de cabeça. Mas tem que ser com gosto de morango, sabe? Senão vou vomitar. Ei, tá me ouvindo? Alô, alô?
A ligação caiu.
– É, acho que não existe remédio pra mim. Ferrou.
— Nara May
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