domingo, 28 de abril de 2013

Se você pretende partir, saiba que ao voltar, poucos sentiram a sua falta

            Há momentos em que você precisa ir. Dias em que você não vê os seus amigos porque está doente. Ou sei lá, teve que estudar para o vestibular e mal pode colocar a cara fora de casa. E é aí que você deve estar preparado. Porque o ser humano tende a ser incompreensivo e egoísta, sabe?
A maioria das pessoas que você conhece, não vão te procurar nunca. Amam ser perseguidos, odeiam correr atrás até de quem dizem amar. Não vão querer ter notícias de você. No máximo vão saber algo de qualquer um ou fuçar suas redes sociais rapidamente. E por mais hipócrita que pareça, muitos aos observarem que você voltou te tratarão com frieza. Chamarão sua atenção e dirão que você é o Judas da era moderna, quando é apenas... Um ser com qualidades e defeitos.
Eu sei, isso é triste. Para completar, os mesmos atuarão perfeitamente bem. Sério. Uma demonstração falsa de que a vida deles não tem problemas, só para te afetar.
As coisas mudam muito rápido. Mas deixe estar. A minoria, de agora em diante, será de grande importância. Os verdadeiros amigos, por exemplo, irão agir de forma realmente boa. Como se a distância fosse um teste passageiro. Não importa se no fim, sobrou apenas um para contar história. Quantidade não é qualidade.
A parábola do filho pródigo nos ajuda a entender que se amamos alguém de verdade, a pessoa pode ir a Marte e retornar mil anos depois. Ainda assim, esse amor existirá. Se o certo fosse esquecer e julgar, devido ao sumiço de alguém... Ninguém sentiria falta de um ente querido que partiu eternamente.
Alguns dizem que quem se ausenta... Deixa de fazer falta. Mas pare para pensar: se a pessoa mais importante da sua vida morresse hoje, você acha que daqui a um mês iria esquecê-la? Não. Você esqueceu seu primeiro amor? Não, né? Fim de papo.
— Nara May

Nenhum comentário:

Postar um comentário